O
Compadre e a Comadre, bonecos de palha e papel que simbolizavam o homem e a
mulher respectivamente, preencheram o quotidiano de algumas aldeias da
freguesia de Moldes. Logo no final do mês de Janeiro, homens e mulheres,
acrescentavam à sua lide diária, às escondidas e fugidas, a tarefa de dar vida
àqueles que na terça-feira gorda, surgiriam à luz do dia.
Toda
a aldeia se envolvia na brincadeira e os homens tentavam roubar o compadre que
era feito às escondidas pelas mulheres e estas por sua vez tentavam roubar a
comadre que era feita às escondidas pelos homens. A festa, o jogo ou se
preferirmos a guerra de sexos, terminava na terça-feira de Carnaval com a
queima do Compadre e da Comadre depois de muita luta pela apanha dos
respectivos bonecos.
Integrada
no Jogar ao Entrudo organizado pela Câmara Municipal de Arouca, o Conjunto
Etnográfico de Moldes recriou, no Parque Milenio, a Queima do Compadre e da
Comadre relembrando vivências do mundo rural que já se encontram em desuso.
Na
recriação não faltou, também, a leitura do testamento
com a inevitável sátira à vida política, cultural e económica da comunidade
local.
A
recriação da Queima do Compadre e da Comadre teve o apoio do IPDJ, no âmbito do
PAJ.
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