A Comadre e o Compadre (Foto de Município de Arouca - Facebook) |
Apesar
do frio e da chuva que caía sem dar tréguas, o Conjunto Etnográfico de Moldes
marcou presença na noite de segunda-feira, dia 11 de Fevereiro, em mais uma
edição do Jogar ao Entrudo, promovida
pela Câmara Municipal de Arouca.
A
encenação/recriação da Queima do Compadre e da Comadre, uma tradição carnavalesca da
freguesia de Moldes, foi o ponto alto da noite. Vestidos a rigor, os elementos
do grupo de Moldes conseguiram que o público presente na renovada Praça Brandão
de Vasconcelos conhecesse esta tradição já em desuso e, aos que já a conheciam,
fizeram-nos reviver vivências do mundo rural que já se encontram em desuso.
A recriação da Queima do Compadre e da Comadre teve
o apoio do IPDJ, no âmbito do PAJ.
Os «protagonistas» da recriação (Foto de Município de Arouca - Facebook) |
O Compadre e a Comadre, bonecos de palha e papel que simbolizavam o homem e a mulher respectivamente, preencheram o quotidiano de algumas aldeias da freguesia de Moldes. Logo no final do mês de Janeiro, homens e mulheres, acrescentavam à sua lide diária, às escondidas e fugidas, a tarefa de dar vida àqueles que na terça-feira gorda, surgiriam à luz do dia.
Toda a aldeia se envolvia na brincadeira e os homens tentavam roubar o compadre que era feito às escondidas pelas mulheres e estas, por sua vez, tentavam roubar a comadre que era feita às escondidas pelos homens. A festa, o jogo, ou se preferirmos a guerra de sexos, terminava na terça-feira de Carnaval com a queima do Compadre e da Comadre, depois de muita luta pela apanha dos respectivos bonecos.