quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Canto popular polifónico e comunidades locais em destaque no 3º Encontro de Vozes

Cerca de setenta vozes deram corpo à terceira edição do Encontro de Vozes, que decorreu no passado sábado, dia 25 de novembro, na Igreja de Moldes, em Arouca. O evento, organizado pelo Conjunto Etnográfico de Moldes, teve como finalidade divulgar o canto popular polifónico como “uma das mais nobres manifestações da cultura popular” e mostrar que o «Cancioneiro de Arouca» ainda vive disperso pelas aldeias do concelho, guardado sobretudo pelas mulheres.

Conjunto Etnográfico de Moldes (Foto: Carlos Pinho)
Deram voz a este encontro seis grupos: o Conjunto Etnográfico de Moldes, as Cantadeiras de Souto Redondo da Associação «Comissão de Melhoramentos de Souto Redondo» (Urrô, Arouca), as Cantadeiras do Rancho Folclórico «As Lavradeiras de Mosteirô» (São Miguel do Mato, Arouca), o Grupo de Cantares de Trabalho do Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira (Santa Maria da Feira), as Cantadeiras de Candal (S. Pedro do Sul) e o Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca (Eiras, Coimbra).  

O Encontro de Vozes tem a particularidade de reunir grupos organizados de caráter associativo e grupos informais de mulheres que tiveram no cantar uma das vivências do seu quotidiano. Este ano, a presença de grupos informais – as Cantadeiras de Souto Redondo e as Cantadeiras de Candal – foi, uma vez mais, o elemento diferenciador do Encontro de Vozes. O grupo Cantadeiras do Rancho Folclórico «As Lavradeiras de Mosteirô», de São Miguel do Mato, embora integrado em contexto associativo, apresentou-se, pela primeira vez, a botar cantas. 

Cantadeiras de Souto Redondo - Urrô, Arouca (Foto: Carlos Pinho)

Cantadeiras do Rancho Folclórico de Mosteirô - S. Miguel do Mato, Arouca (Foto: Carlos Pinho)

Grupo de Cantares de Trabalho do Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira - Sta Maria da Feira (Foto: Carlos Pinho)

Cantadeiras de Candal - S. Pedro do Sul (Foto: Carlos Pinho)

Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca - Eiras, Coimbra (Foto: Carlos Pinho)




quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Conjunto Etnográfico de Moldes organiza 3º Encontro de Vozes


O Conjunto Etnográfico de Moldes organiza, no próximo dia 25 de novembro, o 3º Encontro de Vozes. O evento, que decorrerá a partir das 21h00, na Igreja de Moldes, tem como objectivo divulgar o valor patrimonial do canto popular polifónico e reforçar a importância das comunidades locais na salvaguarda deste património.
Com a particularidade de reunir grupos organizados de carácter associativo e grupos informais de mulheres que tiveram no cantar uma das vivências do seu quotidiano, pretende-se evidenciar a riqueza do «Cancioneiro de Arouca» assim como a necessidade de promover a preservação do canto popular polifónico.

Darão voz a este encontro seis grupos, o Conjunto Etnográfico de Moldes, as Cantadeiras de Souto Redondo da Associação «Comissão de Melhoramentos de Souto Redondo» (Urrô, Arouca), as Cantadeiras do Rancho Folclórico «As Lavradeiras de Mosteirô» (São Miguel do Mato, Arouca), o Grupo de Cantares de Trabalho do Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira (Sta Maria da Feira), as Cantadeiras de Candal (S. Pedro do Sul) e o Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca (Eiras, Coimbra).

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Polifonia arouquense integra espetáculo de Celina da Piedade no Festival da Castanha


A Praça Brandão de Vasconcelos, no dia 27 de Outubro, acolheu o espetáculo de Celina da Piedade integrado na programação do Festival da Castanha. O Conjunto Etnográfico de Moldes integrou o espetáculo e em conjunto com a Celina da Piedade cantou «Adeus ó ria d´Aveiro» do Conjunto Etnográfico de Moldes e «Laranja da China» da Celina da Piedade. 

Foto: Município de Arouca

sábado, 30 de setembro de 2017

Feira das Colheitas 2017

Desfile Etnográfico, cortejo de açafates, as danças, o cantar, o trajar com brio. O orgulho de, a cada ano, voltarmos à Feira das Colheitas e contribuirmos para o engrandecimento da maior manifestação cultural de Arouca. 








(Fotos: Município de Arouca)

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Conferência EUROPARC

De  6 a 10 de Setembro realizou-se a Conferência EUROPARC 2017 no território Montanhas Mágicas. As Cantas e Cramois pelas vozes do Conjunto Etnográfico de Moldes marcaram presença na Praça da Animação que integrou o segundo dia da programação da conferência. 





terça-feira, 5 de setembro de 2017

XXXV Festival Internacional de Folclore volta a colocar o foco na cultura popular portuguesa e na interculturalidade








O Conjunto Etnográfico de Moldes organizou, pela 35.ª vez, o Festival Internacional de Folclore de Arouca. Com uma programação diversificada, o evento de cariz etnográfico decorreu de 16 a 19 de Agosto e ficou marcado pela descentralização de atividades para aldeias da freguesia de Moldes e pelo reforço da representação internacional, com a actuação de quatro grupos estrangeiros.

O XXXV Festival Internacional de Folclore de Arouca começou com um workshop de construção de marionetas em madeira que suscitou a curiosidade e o interesse junto da população mais jovem do lugar de Ponte de Telhe, em Moldes. À noite, no Largo da Capela daquela aldeia, contaram-se histórias através de um espectáculo de Teatro Dom Roberto. As emblemáticas peças «O Barbeiro» e «Tourada Portuguesa» levaram o público a rir às gargalhadas.

A exibição de «Pelos Trilhos do Andarilho, um documentário-viagem aos caminhos que Ernesto Veiga de Oliveira abriu», no Museu Municipal de Arouca, marcou o arranque do segundo dia de programação. O filme é uma homenagem a Ernesto Veiga de Oliveira e ao trabalho desenvolvido no âmbito da recolha das vivências do povo português. À noite, voltou-se à freguesia de Moldes. O espectáculo de cavaquinho - um dos protagonistas das tocatas portuguesas -, proporcionado pelo Conjunto de Cavaquinhos Dr. Gonçalo Sampaio, de Braga, deu vida ao renovado adro da Capela de Santa Catarina, no lugar de Fuste, e permitiu que se ouvisse algumas das mais tradicionais músicas portuguesas, desde o Minho até ao Algarve.

Na sexta-feira à noite, o Festival Internacional de Folclore de Arouca regressou ao centro da vila, com o espectáculo e workshop de dança. Dois grupos estrangeiros trouxeram música, dança, cor e ritmo à Praça Brandão de Vasconcelos. O Folklore Ensemble Kujawy, da Polónia, e o Kud Milenko Stojkovic, da Sérvia, animaram a noite, mostrando as suas danças tradicionais e envolvendo, uma vez mais, o público que se despiu do seu papel de observador para participar entusiasticamente na actividade, aprendendo novos passos e contactando com as culturas dos grupos convidados.

O último dia do festival começou com a recepção solene dos grupos de folclore nos Paços do Concelho, à qual se seguiu o desfile etnográfico. Pelas ruas da vila voltaram a desfilar o folclore, o povo e as suas tradições, o colorido dos seus trajes e os acordes do seu instrumental. Destaque para os grupos estrangeiros, desta vez vindos de Espanha e da Lituânia, que foram colhendo admiração e aplausos junto do público que assistia.

À noite, a cultura popular portuguesa e a interculturalidade voltaram a assenhorar-se do Terreiro de Santa Mafalda. O espectáculo de folclore de encerramento do XXXV Festival Internacional de Folclore não desiludiu e manteve o vasto público atento até ao final. O primeiro a subir ao palco foi o Rancho Folclórico de Escalos de Cima, de Castelo Branco, logo seguido do enérgico Grupo Folclórico de Pescadores de Caxinas e Poça da Barca, de Vila do Conde.

Subiu também ao palco a cultura espanhola através da atuação do Grupo de Coros Y Danzas “Luis Chamizo” de Talavera La Real, na qual sobressaiu o ritmo, as danças sincronizadas e as castanholas habilmente tocadas. Seguiu-se o Rancho Folclórico da Boidobra, representativo da Covilhã.

Subiu também ao palco o grupo organizador, o Conjunto Etnográfico de Moldes que, além das habituais Cana-Verde, Tirana e Vira Valseado, apresentou uma inesperada, muito bem tocada e dançada e de inigualável beleza coreográfica Cana Verde D’ Oito. O Folkdance Group “Kauskutis”, oriundo da Lituânia fechou o espetáculo, cativando o público com a sonoridade da sua música, ligeireza de movimentos, rodopios e o colorido dos seus trajes.

Com uma programação de quatro dias, o XXXV Festival Internacional de Folclore de Arouca voltou a colocar o foco na cultura popular portuguesa e na interculturalidade. Para a organização, a viagem da cultura popular até às aldeias de Moldes foi uma “aposta ganha”. “A organização faz um balanço bastante positivo desta 35.ª edição, principalmente porque conseguiu reforçar os dois pilares que sustentam a programação do festival e que são a cultura popular portuguesa e a interculturalidade. O facto de termos conseguido a presença de quatro grupos estrangeiros e termos apresentado um conjunto diversificado de atividades que mostraram o quanto a cultura popular portuguesa é rica, como foi o caso do workshop de construção de marionetas, o Teatro Dom Roberto e o espetáculo de cavaquinhos, é, para nós, muito satisfatório. Queremos também salientar que, nesta edição, a organização procurou claramente descentralizar as suas actividades para onde a oferta cultural é muito mais reduzida comparativamente com o centro da vila. Esta opção fez todo o sentido e foi uma aposta claramente ganha”, afirma a vice-presidente do Conjunto Etnográfico de Moldes, Ana Cristina Martins.

Fotografias de Avelino Vieira


segunda-feira, 31 de julho de 2017

35 anos de Festival Internacional de Folclore de Arouca

Sérvia, Polónia, Espanha e Lituânia são as representações internacionais na 35ª edição do Festival Internacional de Folclore de Arouca. 
O evento, nesta edição, vai ao encontro da comunidade descentralizando atividades paras as aldeias, onde se procura fomentar o gosto por artes tradicionais junto dos mais novos e valorizar um dos protagonistas das tocatas portuguesas, o cavaquinho. 




PROGRAMA 2017


Quarta-Feira | 16 de Agosto 2017
16:00-18:00| Workshop de construção de marionetas em madeira - Técnica de manipulação de varão pelo Red Cloud Teatro de Marionetas. (Duração total de 4 horas repartidas pelos dias 16 e 17 Agosto).
Local: Escola Básica de Ponte de Telhe, Moldes
Informações e Inscrições pelo nº: 96 610 81 78 | Nº máximo de participantes: 20

22:00 | Teatro Dom Roberto “Barbeiro” e “Tourada Portuguesa” pela Companhia Red Cloud Teatro de Marionetas
Local: Largo da Capela, em Ponte de Telhe (Moldes)

Quinta-Feira | 17 de Agosto 2017
10:00-12:00| Workshop de construção de marionetas em madeira - Técnica de manipulação de varão pelo Red Cloud Teatro de Marionetas. (Continuação do dia 16 de Agosto).
Local: Escola Básica de Ponte de Telhe, Moldes
Informações e Inscrições pelo nº: 96 610 81 78 | Nº máximo de participantes: 20

15:00 | Exibição do documentário “PELOS TRILHOS DO ANDARILHO – um documentário-viagem aos caminhos que Ernesto Veiga de Oliveira abriu”  do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra
Local: Museu Municipal de Arouca

22:00 – Espectáculo de Cavaquinhos com o Conjunto de Cavaquinhos Dr. Gonçalo Sampaio (Braga)
Local: Largo da Capela, em Fuste (Moldes)


Sexta-Feira | 18 de Agosto de 2017
22:00 |Espectáculo e  Workshop de dança com os grupos Folklore Ensemble Kujawy (Polónia) e Kud Milenko Stojkovic (Servia)
Local: Praça Brandão de Vasconcelos  

Sábado | 19 de Agosto de 2017
18:30 | Desfile Etnográfico
Local: Av. 25 de Abril, Alameda D. Domingos de Pinho Brandão, Pr. Brandão de Vasconcelos

22:00 | Espectáculo de Folclore com
1.     Rancho Folclórico de Escalos de Cima – Castelo Branco
2.     Grupo Folclórico de Pescadores de Caxinas e Poça da Barca – Vila do Conde
3.     Grupo de Coros y Danzas “Luis Chamizo” de Talavera La Real – Espanha
4.     Rancho Folclórico da Boidobra - Covilhã
5.     Conjunto Etnográfico de Moldes – Arouca
6.     Folkdance Group "Kauskutis" – Lituânia
Local: Terreiro de Santa Mafalda


Apoios | Município de Arouca | Junta de Freguesia de Moldes | Instituto Português do Desporto e Juventude | Fundação INATEL | Agrupamento de Escolas de Arouca | Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arouca | União de Freguesias de Arouca e Burgo 
Organização | Conjunto Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses

sábado, 22 de julho de 2017

«Arouca vista de dentro»

Ruralismo (1)

FERREIRA, Albano, Arouca Vista de Dentro: Ruralismo (1)», 
Defesa de Arouca, de 02-06-1956, pp. 1 e 3.


«Que eu conheça, tem o concelho três quintas latifundiárias que, pelo condicionalismo da sua situação, deviam ter, e tiveram no passado, vida própria, específica, diferente do comum dos casais da órbita dos agregados populacionais ou das de fácil acesso. Qualquer delas estava, e todas estão encravadas entre montes. O seu isolamento no passado devia-se ter tornado como que uma espécie de campos de concentração, em que a vida se confinava numa paisagem rígida, condenada, eterna pela repetição: - céu e queiró! Assim a vida doméstica e social da gente da casa estava forçadamente circunscrita ao agregado familiar, sempre estreito. Vivia-se não dentro de uma gaiola, mas no fundo de um alguidar. Este habitual devia ser criado um tipo humano suis generis.
Quero-me referir às três quintas, então importantes, do concelho: à de São Mamede, na freguesia de S. Eulália, à do Toural, na de Canelas e à da Drave, na de Covêlo de Paivó.
Qualquer delas em perfeito isolamento, com vida própria de uma clausura. Vivia-se para a quinta e da quinta. Foi assim, de resto, que nos recuados tempos se fundaram ou instituíram os mosteiros. O mundo começava e acabava ali. Vivia-se bem? Vivia-se mal? Vivia-se pelo menos com suficiência e isso é o que importava. Naqueles tempos a vida era muito limitada – trabalhar, comer, dormir, e as necessidades espirituais não deviam ultrapassar a obrigação dominical de ir à missa na igreja paroquial, desenferrujar a língua no adro com os amigos, e, com a promessa, ir à romaria mais importante da redondeza e então apreciar a música no palanque, e, à noite, os copinhos da iluminação e as «lágrimas» dos foguetes. Economicamente, moeda que ali entrasse, para ali ficava como no fundo de um poço, em aumento dos réditos da fortuna da casa.
Vintém que lá caísse só saía da arca e tornava a ver a luz do dia nos momentos solenes do baptizado ou de casamento que, para as contribuições obrigatórias ao Governo, Governo era então uma individualidade real e humana com retrato nas notas de cem mil réis, a ginástica era outra não com o dinheiro amealhado, que esse era para o que era, mas com dinheiro novo que se obtinha geralmente com umas fornadas de carvão convertidas em níqueis.
Era com este ou outro material, conforme as circunstâncias, transformado em moeda, que o casal se punha quite com o Estado. O dilema em economia era este: - Pôr e não tirar – por que a experiência tinha demonstrado iniludivelmente que donde se tira e se não põe era uma vez uma quinta, era a falta de tino, a miséria, a desonra.
Qual seria a base da alimentação que a quinta, só por si, devia fornecer, aos seus habitantes? Quanto às viandas, o problema para nós não dependia de solução: os porcos, os cabritos, os galináceos asseguravam de longe as necessidades de carne, do conduto. Devia ser motivo de orgulho para aquela gente mostrar a salgadeira bem provida, além do mais, de umas dezenas de presuntos e multidão sem número dos salpicões e chouriças. Pão, base da alimentação dos rurais, era o produto essencial da quinta: comia-se a toda a hora, dava-se ao pobre que por ali aparecesse; vinho, hortaliça e fruta também a quinta os fornecia com abundancia; os gastos nãos os consumiam e todos eles constituíam o rendimento natural da propriedade; era deles afinal que vinha o fundo de receita. Mas o resto, que nós hoje representamos dela massa, pelo arroz e pela batata?
Batata era coisa desconhecida da época, o arroz e massa era preciso comprá-los na venda, e isso, além do gasto, era mimo de que os rurais só usavam nas festas do ano ou quando recebiam visitas que era preciso honrar. Haveria apenas o recuso do feijão, que a cultura do grão-de-bico não tinha tradição na região (deixem passar o ão ão).
Bem sei que é de criar água na boca uma refeição de reluzentos grelos com rojões e uns ovos estrelados ao de cima. Mas nem sempre feijões nem sempre grelos, como nem sempre galinha, nem sempre rainha. Caldo, broa, hortaliça, carne de porco, continuadamente, eternos como a paisagem - céu e queiró, era de derrancar um cristão!
Deixo o problema aos entendidos de história e culinária.
A quinta de São Mamede, que eu saiba, não tem história. A do Toural teve a «honra» de ser visitada e ter agasalhado, com galhardia, os quadrilheiros do Zé do Telhado. De Mansôres veio um estafeta em alvoroço: Os homens, a quadrilha do Zé do Telhado vem vos assaltar a casa! E veio realmente, mas quando ali chegou já todos os valores, ouro e dinheiro, tinham mudado de posto, e apenas ficara a fortaleza de ânimo para se não darem por achados e dizerem que valores era coisa que não havia, por a vida estar difícil, mas que entrassem, e descansassem enquanto se preparava uns ovos com salpicão ou se liquidava e arranjava um cabrito. E a pinguita escapava. A quadrilha por sua vez foi também amável. Deu uma vista de olhos pelas arcas e esconsos e regalou-se despois com a opípara refeição e possível é que até dormisse a sua sonêca, que a gente da casa era de boa índole. Sorte e diplomacia esconjuraram o perigo.

A de Drave, solar dos Martins, tem lugar à parte pela sua projecção no futuro, que é agora o nosso presente. Mas a sua história fica para uma segunda dose nesta secção, enquanto as «gralhas» vão fazendo das suas, como é costume, e de obrigação.»