As
origens do Conjunto
Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses cruzam-se com
as origens da principal festa do concelho de Arouca, que ainda hoje se realiza,
e que se chama Feira das Colheitas. A
sua primeira edição decorreu em 1944, enquadrada num contexto do Estado Novo e a II
grande Guerra.
Até
à década de 50, o grupo reunia-se, anualmente, com o único propósito de
participar na Feira das Colheitas. Foram os seus impulsionadores, na primeira edição
em que participou na Feira das Colheitas, os moldenses Alberto Martingo,
Adolfo Martingo e o Padre João Moreira .
Em
1954, pela mão do Sr. Prof. Fernando Miranda e com a colaboração do etnólogo
arouquense Albano Ferreira
o grupo passa a ter ensaios regulares bem como uma recolha sistematizada da
música étnica da região onde se insere, desenhando, assim, a sua identidade e
definindo a sua linha de trabalho. Em 1958 por sugestão do etnomusicólogo Vergílio Pereira e
com a linha de trabalho bem definida, o grupo passa a ostentar o nome que até
hoje o identifica.
O
grupo esteve na origem da Federação do Folclore Português, é sócio da Fundação
INATEL, da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia; e foi membro da
Secção Nacional Portuguesa do CIOFF Portugal. Publicou
um número da revista Cultura Popular
e quatro Números da Revista Rurália.
Organiza espaços de debate e reflexão sobre ruralidade – Jornadas de Etnografia
e Folclore, Jornadas da Terra e o Festival
Internacional de Folclore de Arouca.
O
grupo divulga, ainda, a polifonia vocal tradicional da região de Arouca, salientando-se
os velhos cramois (canto a três vozes ) que são um verdadeiro tesouro cultural,
tendo editado um CD de corais tradicionais de nome Cantas e Cramois.
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