quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Conjunto Etnográfico de Moldes celebra 70 anos com homenagem e lançamento de CD

   2015 é um ano de celebração para o Conjunto Etnográfico de Moldes. A cerimónia comemorativa dos 70 anos prevê uma homenagem ao Professor Fernando Miranda, líder carismático e impulsionador do grupo na década de 1960, e o lançamento do mais recente trabalho discográfico do Rancho de Moldes “A Serra a cantar e a dançar”. Os momentos culturais serão assegurados pelo Conjunto Etnográfico de Moldes e as Vozes de Manhouce. A sessão terá lugar no próximo dia 12 de Dezembro, a partir das 21:30, na Loja Interactiva de Turismo de Arouca.
   Para a direcção do Conjunto Etnográfico de Moldes, a homenagem e o lançamento do CD reflectem a importância de se preservar o passado para se garantir o futuro. “Com esta cerimónia pretendemos marcar uma data que é significativa, e que são os 70 anos. E fazemo-lo de uma forma que julgamos ser a mais correta. Por um lado, olhando para o passado, identificando e homenageando quem deu um largo contributo ao grupo e, neste caso, o Prof. Fernando Miranda. Por outro lado, pretendemos também olhar para o futuro, acautelando os desafios que se impõem ao associativismo mas, acima de tudo, deixar um legado às gerações futuras. É o que pretendemos com a gravação do CD que compila tanto as danças como a polifonia que vêm sendo salvaguardadas pelo Conjunto Etnográfico de Moldes ao longo das suas sete décadas de trabalho”, afirmou fonte da direcção.
   Fundado em 1945, o Conjunto Etnográfico tem vindo a desenvolver um trabalho significativo na defesa da cultura popular, visível no conjunto diversificado de projectos desenvolvidos. As publicações editadas, como a «Rurália», a organização de espaços de debate e reflexão sobre a ruralidade e suas perspectivas de desenvolvimento, e a organização de eventos como o Festival Internacional de Folclore de Arouca, conferiram ao grupo um papel sempre activo no trilho da preservação do património e da cultura popular.
   Ao longo de sete décadas de actividade muitas foram as gerações que passaram pelo Conjunto Etnográfico de Moldes e cada uma assegurou, com o melhor desempenho e face aos condicionalismos do seu tempo, a sua continuidade. Mudanças tão significativas como a mudança de regime político, da ditadura do Estado Novo para a democracia, a projecção das identidades locais face a fenómenos como a globalização, as constantes transformações da estrutura socioeconómica e cultural da sociedade portuguesa ao longo dos tempos foram desafios que não inviabilizaram o funcionamento do grupo por um período tão alargado de tempo. 

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